RESUMO Este estudo é inspirado na biografia de Maya Angelou e visa entrelaçar suas experiências de vida a uma abordagem de educação linguística crítico-colaborativa por meio do inglês. Para alcançar nosso objetivo, um grupo de quatro estudantes da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) partiu do Instituto Federal de Goiás (IFG) e foi metaforicamente para os EUA através da história da mulher negra mencionada acima. Nossas reflexões durante essa aventura foram baseadas nas obras de diversos/as autores/as, tais como Almeida (2017); Figueiredo (2008, 2018); Figueiredo e Lago (2018); Lago e Cintra (2016); Magalhães (2014); Morrison (1975); Pessoa (2014); Rosa e Flores (2017); Scarcella e Oxford (1992), entre outros/as. Achamos fundamental mencionar, ainda, que as problematizações aqui presentes também se originaram das nossas próprias vivências: como as narrativas pessoais das participantes do estudo e as nossas próprias histórias de luta contra o racismo, o machismo, a pobreza e outros tipos de preconceito em nossas aulas. O material empírico foi gerado a partir de um questionário aberto, das cartas que as alunas escreveram para si mesmas nas aulas e das discussões realizadas em uma roda de conversa sobre uma experiência que as participantes do estudo tiveram com estudantes de três cursos integrados do primeiro ano do Ensino Médio – Comércio Exterior, Edificações e Química. Concluímos que esta investigação permitiu que as participantes do estudo assim como nós refletíssemos e repensássemos as nossas verdades sobre os nossos corpos, pele e sobre o próprio processo de educação linguística em língua inglesa.
ABSTRACT This study takes a cue from the biography of Maya Angelou and aims to intertwine her life experiences to a critical-collaborative language education through English approach. To reach our goal, a group of four Youth and Adult Education (YAE) students departed from Instituto Federal de Goiás (IFG) and metaphorically went to the U.S.A. through the story of the black woman aforementioned. Our reflections during this adventure were drawn on the works of many scholars, such as Almeida (2017); Figueiredo (2008, 2018); Figueiredo & Lago (2018); Lago & Cintra (2016); Magalhães (2014); Morrison (1975); Pessoa (2014); Rosa & Flores (2017); Scarcella & Oxford (1992), among others. We find it paramount to mention that our problematizations also stemmed from our very own experiences with the study participants as well as our personal narratives and struggles against racism, sexism, poverty and other types of prejudice in our classes. Our empirical material was generated through an open-ended questionnaire, the letters the students wrote to themselves in class, and the discussions carried out in a yarning circle about an experience the study participants had with students from three first-year high school integrated courses – Foreign Trade, Construction and Chemistry. We conclude that this investigation allowed us and the study participants to reflect upon and rethink our opinions about our bodies, complexion, and the very process of language education through English.